As pessoas geralmente entendem o agro como uma atividade que produz apenas alimentos, sem muitas consequências para outros setores da economia. De fato, é um setor que gera desenvolvimento e oportunidades dentro e fora das propriedades rurais.
Por Arno Schneider – Engº Agrº, pecuarista e diretor da ACRIMAT
Agro e o impacto na economia
As fazendas necessitam, para seu processo produtivo, de centenas de milhares de tratores, colheitadeiras e os mais diversos equipamentos agrícolas que aumentam significativamente nossa indústria mecânica.
Ainda precisamos construir silos e armazéns e usar milhares de toneladas de fertilizantes e pesticidas. Na pecuária, rações, vacinas e medicamentos são essenciais para tocar e manter rebanhos de bovinos, suínos e aves saudáveis.
Não podemos esquecer as produções agrícolas não destinadas à alimentação, mas que mobilizam uma vasta rede de indústrias como o biodiesel, etanol, borracha, fibras, couro e madeira para biomassa, celulose, construção e mobiliário.
Uma vez produzidos, os grãos são transportados por centenas de milhares de caminhões, trens, barcaças e navios, necessitando de uma indústria sofisticada para fabricá-los, além de alguns motoristas para conduzi-los e mais uma instalação de peças, mecânicos e serralheiros para mantê-los funcionando. . Administrar fazendas ainda requer vans de todos os formatos e tamanhos.
Visitando um supermercado, veremos que quase todos os produtos expostos são provenientes do campo e que exigiam limpeza, seleção, industrialização e embalagem para serem comercializados. Temos centenas de produtos lácteos, carnes e enchidos naturais, derivados de farinhas, conservas, fruta, legumes, etc.
Nas bebidas, poucos sabem que são produtos originários do campo. A liderança do setor vem de fermentados, cervejas e vinhos e destilados, uísques, cachaças, vodcas, etc.
Obrigado agro por desfrutar de alguns momentos de relaxamento de vez em quando.
Mas é preciso garantir a postura dessa galinha dos ovos de ouro brasileira.
cabe a governoaos produtores e indústrias para manter essa evolução progressiva do agro.
Você precisa entrar em novos mercados e ter uma presença de destaque em fóruns internacionais.
Temos uma organização invejável de nossos produtores, grandes e pequenos. A cooperatividade e a integração industrial promoveram avanços tecnológicos de ponta entre culturas, facilitaram o crédito e os insumos econômicos. As associações de classe seguiram o mesmo caminho, mas continuaram a servir a interesses políticos e jurídicos.
No entanto, algumas possíveis ações do novo governo têm deixado certa apreensão no setor. Impostos sobre exportações, riscos aos direitos de propriedade e o curso da política econômica podem minar esse círculo virtuoso.
As indústrias e os produtores também têm sua parcela a satisfazer. Alimentos de qualidade e saudáveis, produção ecologicamente correta e competição vantajosa de preços certamente conquistarão novos mercados.
O agro é um dos poucos setores que podemos liderar globalmente. Responde por metade de nossas exportações, gerando riquezas e empregos, dentro e fora dos portões, com potencial para reduzir as desigualdades sociais.
A ascensão do grupo ruralista na Câmara e no Senado deve inibir o avanço de qualquer pauta que desvirtue o agro.
AGRONEWS® é informação para produtores
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